20 junho, 2006

TALVEZ UM DIA FINOMELA…

Talvez um dia sintas vontade
Talvez um dia por necessidade
Talvez um dia ao cair da tarde
Talvez um dia, demasiado tarde…

Talvez um dia queiras falar,
sintas vontade de me beijar
Vai ao Farol, junto ao penedo
Mata as saudades nesse rochedo

Sente no vento o meu abraço
Escuta do mar a minha voz
Olha as gaivotas que falam de nós

Talvez um dia, demasiado tarde,
recordes ainda nesse rochedo,
Quando cheguei e ainda era cedo…


Escrevo o que sinto, não sou um poeta.
Não tenho métrica, nem rima certa
E se o que escrevo, o não dita o coração
Já sei o que sou… sou um aldrabão.

5 Comments:

At 20 junho, 2006, Blogger Maria P. said...

Bravo! Eu gostei.

 
At 26 junho, 2006, Blogger por uma lágrima said...

Sempre lindo e tão sentido...!
Um beijo salgado com sabor a lágrima

 
At 22 agosto, 2006, Blogger APC said...

Se a expressão "aldrabar" (alguém) provém do colocar a aldraba ao burro, por que diabo não usamos o adjectivo "aldrabador", ou, quanto muito, "aldrabante"? Temos mesmo uma língua viva... "Bué" viva, eu diria!

 
At 22 agosto, 2006, Blogger APC said...

Lindo!
Não levarás a mal que te diga que me remeteu, pelo seu final, a um poema de Ruy Belo, que se tão extenso que é (tanto de extenso como de perfeito tem) não incluo aqui, mas talvez um dia...
:-)

Por fim, o comentário do teu amigo Jorge Esteves fez-me lembrar uma "coisa" que te deixo de oferta:

O poema é o meio-segredo
A ponte entre a coragem e o medo
É a forma mais sincera de esconder
O que não queremos que fique por se saber
E a maneira mais discreta de exibir
O que queremos que fique por descobrir


(Junho 2000)

Grande bem-haja!

 
At 22 agosto, 2006, Blogger APC said...

Ressalva: "se tão extenso" = "de tão extenso"

 

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